Maldição de Lua
- Para onde você está me levando? - perguntei para o meu namorado que me guiava. Eu já estava cansada de andar.
- Nossa - ele resmungou - Não dá nem para tentar fazer uma surpresa para você. Se aquieta menina! Já estamos chegando. - ele assegurou.
- Mas você sabe que tenho um certo problema com confiança ao extremo e, convenhamos, deixar com que você vedasse os meus olhos, já foi confiança demais.
- Aí apressadinha, estamos quase lá. Só subir esses degraus e chegaremos. - entao ele cuidadosamente me guiou pelos degraus.
Quando chegamos a uma superfície plena, ele tirou a mão da minha cintura e desamarrou a venda dos meus olhos. E então eu pude enxergar e perder o ar com o que havia diante de mim. Havia um céu estrelado e lindo e a cidade toda parecia uma miniatura dali. Olhei em volta e deduzi que estávamos na cobertura de algum prédio muito alto. Encarei Oliver que sorria de orelha a orelha.
- Gostou? - ele perguntou baixo.
- É simplesmente fascinante. Eu não sei nem se essa palavra descreve o quão maravilhoso estou achando isso aqui. Eu nunca estive em um lugar assim. - admiti vendo ele tirar um cobertor da mochila e forrar o chão. Depois ele me convidou para deitar com ele.
- Eu sei que nunca estivesses em um lugar assim. Por isso planejei isso aqui. Mas meu plano de verdade era deitar contigo nesse cobertor e passar a noite olhando as estrelas.
- E por que me vedar? - indaguei deitando no peito dele.
- Para dar emoção. - ele respondeu rindo.
- É muito lindo.
- Sabe, quando eu era criança, meu pai me trazia aqui e ele me contava várias histórias que ele mesmo inventava na hora e ficavamos aqui imaginando como aquela aventura toda ficaria bem conosco nela. Ele me contava historias de estrelas mortas por amor, por bravura ou por velhice. Me contou sobre a magnitude do Sol e o colocou como o Deus supremo do Universo, o ser que colocava tudo em movimento. Mas a história que mais me marcou, foi a da Lua.
- A Lua? - perguntei curiosa. Claro que já tinha ouvido várias histórias sobre a Lua, mas eu estava louca para ouvir a dele.
- Sim. Aparentemente um mero satélite. Mas meu pai gostava de frisar no seu lado frio, ou na sua parte escura. A parte da lua que nós enxergamos aqui da Terra, é a parte iluminada pelo Sol. Mas nem sempre foi assim, nem sempre ela era dependente do Sol. Você com certeza já deve ter ouvido mitos sobre a Lua e o Sol terem sido apaixonados. Com certeza já ouviu falar da Lua como um bravo guerreiro. Mas nunca ouviu falar sobre seu lado frio e as milhares de coisas que acontecem lá, como suas geleiras e crateras enormes.
- Geleira na lua?
- E muito mais. Reza a lenda que a Lua era um humano. Uma moça. E ela se apaixonou por um cara que a desprezou. Desde então, tendo ela sofrido sua primeira desilusão amorosa, passou a ser muito fria em relação aos outros. Ela esqueceu o que era compaixão. Certo dia, a campainha de sua casa tocou e ela correu atender, era uma senhora já muito avançada de idade e como chovia bastante, aquela senhora estava encharcada e pediu para pousar ali. Mas a Lua não sentiu nem um pouco de compaixão e apenas deu uma toalha para a mulher.
- Bom, - falei cortando Oliver que me olhou como que saindo de um transe. - oferecer uma toalha foi um pequeno ato de compaixão. - ele concordou sorrindo.
- Sim, mas era uma senhora de idade, sem ter pra onde ir, em baixo de uma tempestade. Enfim, fato é que essa senhora permaneceu ali na varanda da Lua e quando pela manhã, Lua ia saindo de casa para seu serviço, a mulher parou ela e lançou-lhe uma maldição. Lua não era de todo ruim. Ele era basyante contente, alegre, competente, mas pelo fato de ela ser tao fria e egoísta, ela não tinha amigos e se fechava pro mundo. A senhora deu a ela um ano para mudar, para ser alguém melhor, para perdoar. Senão ela morreria. Lua achou que a velha fosse louca e não oevor fé. Até que ao passar do meses, ela foi ficando muito doente e descobriu que era um cancer terminal. Então Lua lembrou daquela senhora e passou a amar a todos, a fazer doações e sacrifícios, mas ela esqueceu de perdoar. No último dia de sua vida, aquela senhora apareceu e disse que havia visto todo o esforço feito por ela, mas que nada mais poderia fazer a não ser, ajudá-la a iluminar a Terra e suas noites escuras. E assim, Lua morreu e virou nosso satélite. Virou nossa Lua. Mas seu lado frio e escuro continua lá. Com diversos mistérios.
- Que lindo amor. Tem mais histórias? -peguntei simplesmente apaixonada por tudo.
- Claro que tem. E irei contar quantas quiser, mas antes disso, que tal um beijo?
Então eu o beijei e passei o restante da noite ouvindo histórias, olhando estrelas e trocando beijos.
- Mas você sabe que tenho um certo problema com confiança ao extremo e, convenhamos, deixar com que você vedasse os meus olhos, já foi confiança demais.
- Aí apressadinha, estamos quase lá. Só subir esses degraus e chegaremos. - entao ele cuidadosamente me guiou pelos degraus.
Quando chegamos a uma superfície plena, ele tirou a mão da minha cintura e desamarrou a venda dos meus olhos. E então eu pude enxergar e perder o ar com o que havia diante de mim. Havia um céu estrelado e lindo e a cidade toda parecia uma miniatura dali. Olhei em volta e deduzi que estávamos na cobertura de algum prédio muito alto. Encarei Oliver que sorria de orelha a orelha.
- Gostou? - ele perguntou baixo.
- É simplesmente fascinante. Eu não sei nem se essa palavra descreve o quão maravilhoso estou achando isso aqui. Eu nunca estive em um lugar assim. - admiti vendo ele tirar um cobertor da mochila e forrar o chão. Depois ele me convidou para deitar com ele.
- Eu sei que nunca estivesses em um lugar assim. Por isso planejei isso aqui. Mas meu plano de verdade era deitar contigo nesse cobertor e passar a noite olhando as estrelas.
- E por que me vedar? - indaguei deitando no peito dele.
- Para dar emoção. - ele respondeu rindo.
- É muito lindo.
- Sabe, quando eu era criança, meu pai me trazia aqui e ele me contava várias histórias que ele mesmo inventava na hora e ficavamos aqui imaginando como aquela aventura toda ficaria bem conosco nela. Ele me contava historias de estrelas mortas por amor, por bravura ou por velhice. Me contou sobre a magnitude do Sol e o colocou como o Deus supremo do Universo, o ser que colocava tudo em movimento. Mas a história que mais me marcou, foi a da Lua.
- A Lua? - perguntei curiosa. Claro que já tinha ouvido várias histórias sobre a Lua, mas eu estava louca para ouvir a dele.
- Sim. Aparentemente um mero satélite. Mas meu pai gostava de frisar no seu lado frio, ou na sua parte escura. A parte da lua que nós enxergamos aqui da Terra, é a parte iluminada pelo Sol. Mas nem sempre foi assim, nem sempre ela era dependente do Sol. Você com certeza já deve ter ouvido mitos sobre a Lua e o Sol terem sido apaixonados. Com certeza já ouviu falar da Lua como um bravo guerreiro. Mas nunca ouviu falar sobre seu lado frio e as milhares de coisas que acontecem lá, como suas geleiras e crateras enormes.
- Geleira na lua?
- E muito mais. Reza a lenda que a Lua era um humano. Uma moça. E ela se apaixonou por um cara que a desprezou. Desde então, tendo ela sofrido sua primeira desilusão amorosa, passou a ser muito fria em relação aos outros. Ela esqueceu o que era compaixão. Certo dia, a campainha de sua casa tocou e ela correu atender, era uma senhora já muito avançada de idade e como chovia bastante, aquela senhora estava encharcada e pediu para pousar ali. Mas a Lua não sentiu nem um pouco de compaixão e apenas deu uma toalha para a mulher.
- Bom, - falei cortando Oliver que me olhou como que saindo de um transe. - oferecer uma toalha foi um pequeno ato de compaixão. - ele concordou sorrindo.
- Sim, mas era uma senhora de idade, sem ter pra onde ir, em baixo de uma tempestade. Enfim, fato é que essa senhora permaneceu ali na varanda da Lua e quando pela manhã, Lua ia saindo de casa para seu serviço, a mulher parou ela e lançou-lhe uma maldição. Lua não era de todo ruim. Ele era basyante contente, alegre, competente, mas pelo fato de ela ser tao fria e egoísta, ela não tinha amigos e se fechava pro mundo. A senhora deu a ela um ano para mudar, para ser alguém melhor, para perdoar. Senão ela morreria. Lua achou que a velha fosse louca e não oevor fé. Até que ao passar do meses, ela foi ficando muito doente e descobriu que era um cancer terminal. Então Lua lembrou daquela senhora e passou a amar a todos, a fazer doações e sacrifícios, mas ela esqueceu de perdoar. No último dia de sua vida, aquela senhora apareceu e disse que havia visto todo o esforço feito por ela, mas que nada mais poderia fazer a não ser, ajudá-la a iluminar a Terra e suas noites escuras. E assim, Lua morreu e virou nosso satélite. Virou nossa Lua. Mas seu lado frio e escuro continua lá. Com diversos mistérios.
- Que lindo amor. Tem mais histórias? -peguntei simplesmente apaixonada por tudo.
- Claro que tem. E irei contar quantas quiser, mas antes disso, que tal um beijo?
Então eu o beijei e passei o restante da noite ouvindo histórias, olhando estrelas e trocando beijos.
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