Lost City - Capítulo dois
Plataforma de Embarque.
"- Mamãe, onde esta a Nina?
- Em um lugar melhor meu amor.
- Mas mamãe, quem vai cuidar de mim agora?
- Você já esta grandinha meu amor... Vai se virar bem, não é querido?
- Sim... "
✴✴✴
- Senhorita Davisson? - a voz estridente me trouxe um arrepio incômodo.
- Sim?
- Seus pais estão te ligando a 28 minutos, gostaria de atender a ligação? - o sistema da casa estava me alertando a mesma coisa à 28 minutos e eu havia recusado todas as vezes, por que diabos eu aceitaria agora?
- Sim, alô? - estava cansada de recusar...
- Lianna! - o rosto da minha mãe apareceu na parede do meu quarto, exibindo os belos traços que conseguirá com algumas cirurgias e os lindos olhos verdes que eu odiava - que história é essa de sair correndo do colégio? Você recebeu uma proposta incrível - como ela sabia? - o seu diretor me avisou o que aconteceu, você perdeu a cabeça? - e vc aprendeu a ler mentes? - quero que se dirija agora ao colégio, assine o resto da papelada e pegue o primeiro avião que puder para Atlântida! - a voz era irritada e embargada de vergonha, mas ainda sim me deixava um pouco feliz ouvir a voz da minha mãe de novo - entendido?
- Não quero ir... - disse fazendo um esforço pra não chorar.
- Você está louca? É uma oportunidade única! Sabia que esse ano foram chamados 20 estudantes a mais?? Você teve sorte de ser incluída no programa, não pode deixar essa oportunidade passar de forma alguma! - então foi assim... - Escute... Lianna, meu amor, eu sei que vc está com medo, mas vai ser bom pra você, acredite em mim, todas as pessoas que vão morar em Atlântida tem uma vida perfeita, montam famílias perfeitas e ganham mais dinheiro que eu e seu pai teriamos em toda a nossa vida. Por que acha que ninguém volta de lá? - tenho milhões de teorias nada legais sobre isso na minha cabeça - vc ja é uma moça consegue entender que vai conseguir se virar por lá - ela terminou a frase com um sorriso carinhoso, mas aquelas palavras tiveram o efeito contrário em mim, senti meu peito retrair e vontade de jogar uma cadeira naquela imagem idiota, me dizendo coisas estúpidas - Sinto muito querida, mas vou ter que voltar ao trabalho, tome a decisão certa está bem? Vou sentir sua falta, beijos - ela disse rápido demais para que eu pudesse responder e desligou tão rápido quanto.
Eram sempre assim, as nossas conversas começavam com ela falando e terminavam com ela falando, nunca queria saber sobre mim, sobre como estou ou sobre como vão as coisas por aqui, quando estava em casa era quase a mesma coisa, falávamos somente o necessário e nos víamos somente se necessário, com meu pai não era diferente, ele era calmo e quase nunca fala, o que me deixa inquieta, mas parece ser encarado normalmente aqui. Essa era a nossa "família" sempre foi. Sempre vai ser.
✴✴✴
- Senhorita Davisson, está atrasada.
- Me desculpe... eu precisava me despedir de alguns amigos - disse olhando para trás, Luana acenava contente enquanto Gustavo esbocava um sorriso torto.
-Vamos sentir sua falta! -Luana gritou erguendo os braços em um grande aceno.
- Onde estão seus pais? - a atendente perguntou com a voz metálica, parecia ser uma espécie de robô de tão artificial que era.
- Trabalhando, mas deixaram o documento autorizado - disse lhe entregando o micro chip com o convite e a autorização.
-Certo - ela disse me analizando, senti o scanner passar por meu corpo - pode deixar suas coisas com seus amigos, Atlântida fornecerá tudo que for necessário à você - dessa vez ela mudou para uma postura sorridente e incrivelmente bonita.
- Ah... mas eu posso levar?
- Não será necessário - ela respondeu sem tirar o sorriso do rosto.
-Certo... - ainda queria levar minhas coisas, mas estava ficando incomodada com o jeito que ela me olhava, ela dava à entender que era superior a mim e que tudo que eu dissesse fosse um erro constante.
- Está bem... - remexi na mochila pegando algumas coisas que gosto - só vou levar isso - lhe mostrei o fone, o celular e um dispositivo de hologramas.
- Está bem - ela me deu um plástico para guardar minhas coisas - pode me esperar naquela sala - ela apontou para uma sala de porta metálica com o simbolo se Atlântida.
Respirei fundo. Como vai ser em Atlântida?
- Em um lugar melhor meu amor.
- Mas mamãe, quem vai cuidar de mim agora?
- Você já esta grandinha meu amor... Vai se virar bem, não é querido?
- Sim... "
✴✴✴
- Senhorita Davisson? - a voz estridente me trouxe um arrepio incômodo.
- Sim?
- Seus pais estão te ligando a 28 minutos, gostaria de atender a ligação? - o sistema da casa estava me alertando a mesma coisa à 28 minutos e eu havia recusado todas as vezes, por que diabos eu aceitaria agora?
- Sim, alô? - estava cansada de recusar...
- Lianna! - o rosto da minha mãe apareceu na parede do meu quarto, exibindo os belos traços que conseguirá com algumas cirurgias e os lindos olhos verdes que eu odiava - que história é essa de sair correndo do colégio? Você recebeu uma proposta incrível - como ela sabia? - o seu diretor me avisou o que aconteceu, você perdeu a cabeça? - e vc aprendeu a ler mentes? - quero que se dirija agora ao colégio, assine o resto da papelada e pegue o primeiro avião que puder para Atlântida! - a voz era irritada e embargada de vergonha, mas ainda sim me deixava um pouco feliz ouvir a voz da minha mãe de novo - entendido?
- Não quero ir... - disse fazendo um esforço pra não chorar.
- Você está louca? É uma oportunidade única! Sabia que esse ano foram chamados 20 estudantes a mais?? Você teve sorte de ser incluída no programa, não pode deixar essa oportunidade passar de forma alguma! - então foi assim... - Escute... Lianna, meu amor, eu sei que vc está com medo, mas vai ser bom pra você, acredite em mim, todas as pessoas que vão morar em Atlântida tem uma vida perfeita, montam famílias perfeitas e ganham mais dinheiro que eu e seu pai teriamos em toda a nossa vida. Por que acha que ninguém volta de lá? - tenho milhões de teorias nada legais sobre isso na minha cabeça - vc ja é uma moça consegue entender que vai conseguir se virar por lá - ela terminou a frase com um sorriso carinhoso, mas aquelas palavras tiveram o efeito contrário em mim, senti meu peito retrair e vontade de jogar uma cadeira naquela imagem idiota, me dizendo coisas estúpidas - Sinto muito querida, mas vou ter que voltar ao trabalho, tome a decisão certa está bem? Vou sentir sua falta, beijos - ela disse rápido demais para que eu pudesse responder e desligou tão rápido quanto.
Eram sempre assim, as nossas conversas começavam com ela falando e terminavam com ela falando, nunca queria saber sobre mim, sobre como estou ou sobre como vão as coisas por aqui, quando estava em casa era quase a mesma coisa, falávamos somente o necessário e nos víamos somente se necessário, com meu pai não era diferente, ele era calmo e quase nunca fala, o que me deixa inquieta, mas parece ser encarado normalmente aqui. Essa era a nossa "família" sempre foi. Sempre vai ser.
✴✴✴
- Senhorita Davisson, está atrasada.
- Me desculpe... eu precisava me despedir de alguns amigos - disse olhando para trás, Luana acenava contente enquanto Gustavo esbocava um sorriso torto.
-Vamos sentir sua falta! -Luana gritou erguendo os braços em um grande aceno.
- Onde estão seus pais? - a atendente perguntou com a voz metálica, parecia ser uma espécie de robô de tão artificial que era.
- Trabalhando, mas deixaram o documento autorizado - disse lhe entregando o micro chip com o convite e a autorização.
-Certo - ela disse me analizando, senti o scanner passar por meu corpo - pode deixar suas coisas com seus amigos, Atlântida fornecerá tudo que for necessário à você - dessa vez ela mudou para uma postura sorridente e incrivelmente bonita.
- Ah... mas eu posso levar?
- Não será necessário - ela respondeu sem tirar o sorriso do rosto.
-Certo... - ainda queria levar minhas coisas, mas estava ficando incomodada com o jeito que ela me olhava, ela dava à entender que era superior a mim e que tudo que eu dissesse fosse um erro constante.
- Está bem... - remexi na mochila pegando algumas coisas que gosto - só vou levar isso - lhe mostrei o fone, o celular e um dispositivo de hologramas.
- Está bem - ela me deu um plástico para guardar minhas coisas - pode me esperar naquela sala - ela apontou para uma sala de porta metálica com o simbolo se Atlântida.
Respirei fundo. Como vai ser em Atlântida?
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